sexta-feira, 28 de março de 2014

Capítulo 10 - Família de Makoto

Passaram duas semanas de muito trabalho e muita leitura do diário de minha esposa.
Kazuko disse que me “atacou” da última vez por conselho da Rin. Incrível como é sempre ela! (risos)
Mais uma manhã de sábado e meu filho, Takumi, completa quatro meses hoje. Talvez tenhamos visitas hoje. Porém, enquanto elas não chegam, ler um trecho não faz mal a ninguém. Espreguicei-me e mexi no cabelo da minha mulher, adormecida. O diário estava na mesa de cabeceira. Ajeitei-me, peguei e puxei o marca página para continuar de onde parei.

Querido diário,
Eu e Makoto passamos boa parte deste fim de semana fora.
Na noite de sexta, Keiko não fez jantar e foi embora mais cedo. Makoto chegou do trabalho e pediu para eu separar uma pequena muda de roupas. Atendi o seu pedido morrendo de curiosidade. Colocou tudo em uma mala de mão. Descemos e fomos ao carro. No caminho, não aguentei de não perguntar:
–Makoto, aonde nós vamos?
–A casa de meu pai. Eu passo o final de semana lá de vez em quando.
Pai do Makoto? Já ouvira falar algumas vezes dele. Que tem três escravas e fazia de tudo com elas. Ele já trabalhou muito, mas agora decidiu aproveitar o resto da vida.”
Meu pai só trabalhava muito por minha causa. Ao momento que sai de sua casa, ele se aposentou e quis constituir família com suas escravas.
Pois é, acabou se apaixonando por elas e vice-versa.
Não demorou muito para chegarmos, só saímos da área dos prédios e estávamos na de casas. Desembarquei do carro do carro e vi um belo casarão. Fiquei boquiaberta.
Eu e Makoto batemos a porta. Uma moça grávida e bem bonita, atendeu sorrindo. Ela era ruiva, com olhos azuis. Makoto cumprimentou-a com um abraço.
–Minori, que bom te ver! - pousou a mão sobre a barriga dela - E meu irmão, como está?
–Ele está ótimo! - disse colocando sua mão acima da dele – Logo conheceremos.
–Ah, tem alguém que quero apresentar.
Nesse momento, Makoto me mostrou a Minori, que com outro sorriso no rosto, apertou a minha mão. Não controlei a vontade de pôr a mão na barriga dela. Senti o neném dela chutar.
–Nossa, que chute forte! - disse ela rindo
Então, ouvi outra voz feminina vinda da sala.
–Vai lá ver quem chegou.
Apareceu uma criança de uns três anos. Ele veio correndo. Makoto se abaixou e recebeu o abraço sincero dele. Aproximei-me e Makoto falou com ele:
–Essa é a Kazuko!
Sorri e fiz um carinho nos cabelos dele.
–Se apresenta para ela. - colocou o menino no chão – Aperta a mão – assim ele fez – e diz seu nome.
–”Kisuki” - foi o que escutei em meio a um dedo na boca.
–Kyosuke. - repetiu Makoto, a fim de que entendesse
–Ora, muito prazer, Kyosuke. O Makoto já me apresentou, mas eu sou Kazuko.
Levantei e o garoto foi correndo de volta aos braços da mãe. Ela mesma se identificou.
–Eu sou Minami. É um prazer!
O pai de Makoto e a terceira escrava estavam na sala. Conheci Shiori, da mesma idade que eu. Alias, era aniversário de 18 anos dela. Também o pai de Makoto, Koishiro. Ele se levantou, educadamente. Ao cumprimentá-lo, me observou perplexo, como se lembrasse de alguém. Foi o que o próprio me revelou. E conheci a mãe de Keiko: Aiko.
Comemos e conversamos e rimos. Não demorou muito e Shiori assoprou suas velinhas. Eu me prestei para ajudar Aiko. Contei-lhe sobre o que fazia com sua filha, ela ficou feliz de saber.
Perguntei a ela se sabia o motivo de Koishiro ter ficado daquele jeito ao me conhecer. Foi bem direta e sincera:
–Você é parecida com Misaki, falecida mãe de Makoto.
Quem tomou um choque fui eu. “Será que foi por isso que ele me escolheu?”, pensei.”

Admito que Kazuko se parecer com minha mãe foi um dos motivos dela ter sido “A escolhida”.
Minha esposa fez um barulho e se esticou. Abriu os olhos e falou:
–Bom dia, amor! Já lendo meu diário?
Dei um beijo nela.
–Ora, sabe que não gosto de te acordar. Quer tomar café?
–Termine primeiro. Vou cuidar do nosso pimpolho.
Pimpolho? Tudo bem né! Abri o diário e continuei...

Em seguida, fui ao quarto em que ficaríamos. O antigo de Makoto.
Imediatamente, fui tomar banho, já que era uma suíte. Sai e ele me aguardava. Joguei-me na cama.
–Você começa.
Fiz uma careta de “Está louco? Na casa do seu pai?”
–É só não fazer barulho.
–Isso para mim é fácil. - disse em tom irônico
–Eu consigo tranquilamente. - falou rindo- Vai logo.
Ei obedeci! Fiz um pouco com a boca e Makoto naquele silêncio dele. Puxou-me pelos cabelos pedindo que parasse. Montei nele e comecei a me movimentar. Como ele não fez com os dedos dessa vez, doía mais que o habitual. Então, gemi demais, pelo prazer e pela dor. Tentava me conter, mas não conseguia.
Logo ele gozou e eu me deitei do outro lado da cama, com minhas intimidades ardidas. Desejamo-nos boa noite e adormeci.
No dia seguinte, todos tomavam café em um clima agradável. Eu estava sentada ao lado de Shiori na mesa, que comentou:
–Eu ouvi você e o Makoto ontem a noite. Ou melhor, só você.
Senti vontade de me esconder debaixo da primeira coisa que visse de tanta vergonha. A garota riu, achando engraçado como fiquei.
–Não precisa ficar assim. Acho que quer dizer que o Makoto é bom.
–Ou que eu estava dolorida...
Ela fez uma careta de curiosidade e eu contei o motivo.
Depois, Makoto e Koishiro foram ao lado de fora para conversar um pouco. As mulheres ficaram na sala e eu brincando com Kyosuke. Em certo momento, aproximei-me para olhar algumas fotos em uma prateleira. Havia uma com a mãe de Makoto. Observei bem e eu era realmente parecida com ela. Minami, a loira de olhos verdes, veio conversar comigo:
–O que tanto olha nessas fotos?
–Disseram que me assemelho a mãe do Makoto. - disse apontando-a na imagem
–É verdade! Koishiro comentou comigo ontem. - sorriu - Sente-se para batermos um papo.
Então, eu fui.”

O que eu conversei com meu pai? Bem, ele mais falou comigo do que eu com ele.
Comentou o que achou da Kazuko, que ela era bonita e também “um pouco velha”. E também sobre os barulhos que ouviu e se declarou feliz por mim. Ele gosta quando seguimos seus conselhos!

Shiori, de cabelos castanhos e olhos cor-de-mel, começou:
–Parece que o Makoto gosta de ti. Vejo isso na forma que ele age com você.
Eu sorri. Minori falou:
–E não me parece que seja triste ou solitária.
–Não fico trancada no quarto, sou livre dentro de casa.
–Quem dera nosso marido fosse assim. - soltou Minami – Pelo menos no começo.
–O que ele fazia com vocês?
–Prendia-nos no quarto o dia todo. A noite, as três iam ao quarto com ele, ao mesmo tempo.
–E por que estão dessa forma hoje?
–Apaixonamo-nos e viramos uma família.
–E todas as crianças foram programadas. - contou Minami com um sorriso no rosto
–O próximo será o meu! - gritou Shiori
–Espero ter uma família como vocês um dia.
–Com certeza terá. Não duvide disso!
Makoto e seu pai retornaram a companhia do resto de nós.
Após o almoço, ficamos jogando vídeo game. Era uma briga para ver quem iria jogar. Eu apenas fiquei olhando e rindo muito. Mais tarde, eu e Makoto fizemos de novo. Voltamos para casa na tarde de hoje. Não tem muito tempo que chegamos.
Gostei muito de conhecer Minami, Minori e Shiori. E Koishiro também, apesar de não ter me familiarizado muito com ele.
Agora eu preciso tomar um banho. Tchau!”

Fechei o diário e coloquei-o onde estava antes. Cheguei perto de Kazuko e falei:
–Vamos comer?
–Sim.
Pus a mesa rapidamente e nos sentamos. Riamos e conversávamos, como sempre. E como era final de semana, em seguida, sentei-me na sala. Estava com Takumi no colo, Kazuko foi cuidar da louça.
Alguém bateu a porta. Eu atendi. Era a minha família, a que eu havia lido sobre no diário de minha esposa. Eles entraram e se arrumaram no recinto. Nem me importava por trajar roupas de dormir. Kazuko falou com todos e ficamos todos na sala.
Meu pai trouxe o console e as brigas habituais aconteceram. É um empurra-empurra na frente da TV. Tudo é comandado por movimentos ou voz. Só que com a confusão, a tela fica maluquinha.
Jogamos até a hora do almoço. E nessa hora, a da comida, Shiori pediu a palavra:
–Tenho uma coisa para contar a vocês: Eu estou grávida.
–Sério? - disse Kazuko – Parabéns!
Minami e Minori abriram enormes sorrisos. Meu pai parecia saber, ele não demonstrou tanta empolgação.
Mais tarde, eu brinquei com meus irmãos Kyosuke e Akira.
E a noite? Eles dormiram aqui em casa. Eu e Kazuko tivemos todo o cuidado de não fazer barulho.
Não é legal quando te escutam nesse tipo de situação! (risos)

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