sexta-feira, 28 de março de 2014

Capítulo 9 - Iniciativa

A semana passou corrida, li todas as anotações no trabalho, uma por dia, na hora do almoço. Todo o escrito era sobre as mesmas coisas: leituras, conversas e ajuda a Keiko, conversas comigo. Só frisando que ela achou um livro sobre sexo, que falava algumas coisas que podia fazer. Ela decidiu usá-lo! E... Me lembro bem disso! (risos)
Depois de uma longa sexta-feira, jantei e fui relaxar na cama, antes de dormir, aproveitando também para ler mais um pouco do diário. Kazuko colocou Takumi para dormir, deixou-o no berço e foi tomar um banho.
Abri o diário e comecei a ler...

“Bom dia, diário!
Eu estou me sentindo bem hoje! Noite passada eu fiz uma coisa que escravas fazem: satisfazer o meu dono. E você sabe como: aplicando o que vi naquele livro.
Primeiramente, por partes, em ordem cronológica...
Acordei com meu fluxo menstrual quase parando. Vesti meu roupão e sai para tomar café. Eu e Makoto ficamos conversando enquanto comíamos. Ele saiu para o trabalho depois. Ajudei um pouco a Keiko e fui a biblioteca para ler mais uma pouco daquele livro (além de terminar A filha do conselho). Só queria entender por que o Makoto teria um livro desses. Será que ele usava com alguém?”

Kazuko e sua imaginação fértil!
Foi meu pai depravado quem me deu no meu aniversário de 16 anos. Segundo ele, eu já tinha que aprender essas coisas e deixou suas três escravas a minha disposição, mas não era o que eu queria fazer. Tinha muita consideração por elas. Acabei perdendo a minha virgindade com uma colega de faculdade.
Pois é, eu me adiantei nos estudos para sair o mais breve possível da casa de meu pai. Entrei na faculdade com 16 anos, me formei com vinte, tirei meu registro de advogado e comecei a trabalhar em um escritório.
Tão jovem, com muito dinheiro, muita responsabilidade e sem nenhum amor. Eu só tive uma namorada na faculdade.
Com o passar do meu trabalho, meu tempo diminuía e não tinha como eu sair com alguém, deixei isso para lá. Meu pai insistiu que arrumasse uma escrava apenas para controlar “meu fogo de homem”. Assim o fiz!

“Eu acho tudo o que tem nesse livro muito interessante e útil. Digamos que é mais completo que o kama sutra. Pontuei tudo o que poderia fazer em minha mente. Esperava que meu dono gostasse.
Passei o resto do dia junto a Keiko e nos divertindo bastante. Ela quer que eu conheça a família dela, quem sabe jantar lá?
Após o lanche fui assistir TV, fazendo hora para Makoto chegar. Estava ansiosa para saber a reação dele ao dizer que minhas regras acabaram.
Distraída, um estrondo da porta batendo com a força do vento me assustou. Dei um pulo e olhei para o lado, Makoto chegara. Sua aparência mostrava cansaço. Ele me cumprimentou e foi falar com Keiko: (Eu podia ouvir.)
–Boa noite, Keiko.
–Boa noite, Makoto.
–O jantar demora a sair?
–Um pouco. Por quê? Está com fome?
–Com fome e muito cansado. Mas... Eu posso esperar.
Makoto saiu da cozinha e foi se arrastando até a sala e se jogou no sofá.
–Muito trabalho, Makoto?
–Sim. Fiquei em um julgamento a tarde toda e o juiz deu outro recesso.
–Defender os outros cansa né?
–Até demais! - Ele me disse sorrindo
Eu fiquei envergonhada de falar sobre o meu ciclo para ele, tinha uma careta que iria me ignorar. Só que Makoto percebeu:
–Você quer falar alguma coisa.
–Eu? Nada disso.
–Não minta. Quando você quer falar algo, fica assim inquieta.
–Tudo bem. - Falei com desdém – É que meu sangramento parou, só isso.
–Ah... Entendo. Mas hoje estou indisposto. Quem sabe amanhã.
Concordei e não falamos mais nada até o jantar. Keiko comeu sentada à mesa conosco.
Auxiliei-a arrumando tudo e ela foi para casa, afinal, era sexta. Antes de sair, ela me perguntou:
–Vai dormir com Makoto hoje?
–Não!
–Tem dias em que ele volta cansado assim mesmo, melhor acostumar! Mas, sabe, eu a vi lendo umas coisas essa semana. Por que não faz uma surpresa a ele?
Ela deu uma piscada para mim e saiu. Ainda bem que, por estar em seu quarto, Makoto não ouviu essa conversa.”
Então, foi por causa da Keiko?! Que filha da puta!
“Rapidamente eu pensei no que Keiko disse e vi que ela tinha razão.
Resolvi ir ao meu quarto, tomar um banho, me arrumar e ir ao quarto de dele. E ficaria lá mesmo que tentasse me tirar a pontapés.
Saí do meu quarto e me dirigi à porta a minha frente. Respirei fundo para tomar coragem, coloquei a mão na maçaneta e...”

Um som me fez desviar os olhos do diário, era Kazuko. Só que ela estava com um olhar diferente e também vestida diferente. Ela tem usado camisolas compridas, hoje está de roupão de seda e roupa íntima. Sem contar o olhar sedutor e provocante!
Eu não resisti! Deixei o diário de lado e fui em sua direção. Não disse uma palavra, só a beijei. Não a beijava assim tem um bom tempo.
O instinto nos levou a cama! Eu não conseguia distanciar meus lábios dos dela. Em seguida, foi a vez das minhas mãos. Elas começaram a tocar e apertar o corpo de minha esposa, do qual sentia saudade. Kazuko respondia as minhas carícias. Só que, houve um momento em que ela me parou.
–Makoto, você sequer me olhou. Como acha que eu estou? - perguntou tímida
–Está como? - disse, fazendo careta
–Meu corpo, Makoto!
No momento em que a olhei parada na porta, eu vi que seu corpo estava igual antes. E não foi só isso, eu vi a pessoa que eu amo, a mãe do meu filho.
–Kazuko, você está maravilhosa! Você é assim de qualquer jeito.
Ela sorriu e meu deu o seu beijo apaixonado. Isso me indicou que ela esqueceu o problema com seu corpo, deixou ele para lá.
Acariciei o seu corpo e toquei em lugares que ela não permitiria cinco minutos atrás.
O instinto era o que nos guiava e ao mesmo tempo nos conectava. Minha esposa estava entregue a mim e eu a ela. E acabou acontecendo... Nós fizemos amor! (Por pouco Takumi não acorda.)
Ficamos deitados, nus embaixo da coberta e conversávamos:
–Estava com saudade disso, Makoto.
–Eu sei. Eu também.
Abracei-a. Kazuko olhou o diário em cima do criado-mudo e falou:
–O que lia no diário?
–O dia que você me “atacou” pela primeira vez.
–Sério? Você lembra?!
–Lembro! Mas é que... - peguei o caderno -Você me interrompeu daquele jeito lá na porta.
–Ah, amor, desculpa.
–Não precisa disso. Foi a melhor interrupção da minha vida.
Não conseguimos conter o riso.
–Agora, você permite que eu termine de ler?
–Claro, Sr. Makoto. - respondeu sorrindo.
Procurei a linha na qual parei e continuei...

“... e abri a porta.
Makoto sabia que era eu e reclamou meio sonolento. Se sentou na cama, acendeu o abajur e disse, me olhando:
–O que foi Kazuko? Vá dormir, por favor!
Eu nada disse. Aproximei-me da cama e ele me observava perplexo.
–Que vai fazer?
–Satisfazer você!
Makoto franziu a testa e depois levantou uma sobrancelha. Aquela careta dizia “Como?”.
Puxei as cobertas! Sem pestanejar, ele tirou as calças e a cueca em seguida. Deitou-se com mãos sob a cabeça.”

Eu achei aquela atitude repentina dela muito estranha. Acho que isso explica minha careta e reações!

“E eu? O que fiz? Bem... É como dizem: Cai de boca! Ignorei aquele gosto e tentei fazer algumas coisas que são ditas naquele livro, por exemplo: Passar a língua em volta, mordiscadas. E o mais difícil: a sucção. Tem que fechar a boca de um jeito e fazer rápido. Porém, valeu a tentativa.
O pênis dele mexia muito conforme os movimentos realizados. Makoto estava mudo. Que angústia! Por que os homem não gemem como as mulheres? Isso ajuda a ter uma pista se está bom ou não.
Em certos momentos, eu errava a profundidade e quase me engasgava. Estava dando o meu melhor e Makoto me chamou:
–Quero que suba em mim.
Obedeci o comando. Ele fez um pouco com os dedos e fomos ao que interessava. Fiz o sobe-desce habitual, só que eu li que poderia rebolar um pouco nessa hora, fiz também. Durante tudo isso, ele disse por entre seus fortes suspiros:
–O que aconteceu com você hoje? Não costuma fazer essas coisas!
Ficamos mais um tempo daquele jeito. Até que ele finalmente gozou. Senti o líquido quente em meu corpo e ambos soltamos um suspiro de relaxamento. Sai de cima de Makoto e deitei ao seu lado, ele perguntou:
–Por que fez isso tudo? Onde aprendeu?
–Porque eu quis! E não aprendi isso em lugar nenhum. - respondi tentando desviar do assunto.
–Não minta para mim. Você achou aquele livro de capa azul na biblioteca.
Escondi minha cabeça em baixo da coberta e Makoto riu.
–Não precisa ficar com vergonha. Alias... Você pode fazer isso mais vezes. - Descobri a cabeça e ele continuou. - Apesar de ter certeza que vou acordar moído amanhã, eu gostei da surpresa.
–Makoto, já que está cansado, vou dormir no meu quarto. Boa noite!
–Nada disso! - repreendeu-me – Esqueceu da regra?
–Quando fizermos, dormirá no meu quarto.
–Então, fique aqui, Kazuko.
Ajeitei-me, desejei-lhe boa noite e dormi.
Tomamos café juntos agora de manhã, e eu disse que viria para cá me banhar e trocar de roupa.
Estou indo. Até!”

Fechei o diário e Kazuko sorriu, dizendo:
–Estou feliz agora como naquele dia.

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