Caterine
estava treinando na floresta. De repente, um portal se abre e de lá
cai uma mulher, cujo nome é Katherine.
–O
quê? Mas o que está acontecendo? - diz se virando para a pessoa que
acaba de sair do portal - Quem é você?
–Onde...
Onde estou? - Fala colocando a mão na testa e levantando.
–Bem
vinda ao reino do grande Rei Skinir I. De onde você veio? Suas
roupas... São tão... Estranhas.- Disse olhando-a de cima a baixo
–Er....
Provavelmente, devo ter saído de minha dimensão! - Murmurou para si
mesma. - Skinir I? E-Eu não conheço!
–Parece
que não é mesmo daqui. Começando pelas roupas e depois essa bola
estranha de que saiu. Estou tão confusa quanto você! - Falou
fazendo careta
–Não
é uma bola, é um portal, pelo jeito ultradimensional. E isso é um
kimono! - Katherine riu discretamente.
–Ah
sim, eu não conheço esse tipo de coisa. E o que seria um portal
ultradimensional? - Caterine estava confusa com aquelas palavras
difíceis - Alias, sou Caterine. E você?
–Um
portal que leva as coisas de uma dimensão a outra. - Disse orgulhosa
de seu conhecimento. - Katherine Regan Maeve, ou Katherine Erudon.
–É
um prazer, Srta Katherine. Temos o mesmo nome! - deu um leve sorriso
- Coisas de uma dimensão a outra? Dimensão seria um outro lugar não
é? Então, que leva as coisas de um ao outro. Pelo menos, foi o que
entendi. Perdoe-me se estiver errada! E o que devo o ar de sua graça
em nosso reino? - Falou tentando ser simpática
–Pelo
jeito, devo ter errado um feitiço. Eu devia estar em Ernas! - Falou
quase chateada com o erro
–Ernas?
Bem, com certeza não é aqui. A senhorita é uma bruxa? - Disse meio
perplexa e com medo - Por favor, não me faça mal. Sairei do seu
caminho se quiser!
Riu
com a surpresa da garota.
–O
termo certo é Sacerdotisa! E eu não sou má, mas você me parece
uma ótima guerreira!
–Eu
sou sim! Eu tenho uma espada muito poderosa e ela só pode ser usada
por mim. - Disse sentindo-se orgulhosa - Eu lutei usando-a, pelo bem
do meu reino. E derrotarei qualquer um que queria atrapalhar a paz. -
Se lembrou do termo de Katherine - Sacerdotisa? De alguma igreja, eu
suponho.
–Na
verdade, não sou de nenhuma igreja. Tenho certa repulsa por algumas
coisas religiosas por causa de uma maldição. - Falou envergonhada.
- Ora ora, que coincidência, também tenho uma arma que só pode ser
usada por mim!
–Ora,
uma grande guerreira também. Que interessante! - Disse ameaçando
desembainhar a espada - Estou curiosa para ver suas habilidades.
Afinal, abrir um portal ultra-di-men-sio-nal - pausadamente lembrando
as sílabas - não é uma coisa para qualquer pessoa.
–É
mais fácil quando se tem mais de 500 anos! - Invocou seu livro com
uma expressão serena no rosto.
–500
anos? Eu tenho um pouco mais de 20 anos. Sua sabedoria deve ser bem
maior que a minha. - Deu uma risada - Mas sabedoria não significa
força! - empunhou a espada - Vamos ver se com os anos as forças
aumentam também!
–Talvez
sim! - Abriu rapidamente o livro e o folheou-o até certa parte. -
Secret Dimension! - Sua magia havia feito com que as duas se
afastassem daquela dimensão, de modo que a batalha não causasse
nenhum dano na dimensão da mais nova.
As
duas caíram na Secret dimension e Caterine observou sua volta, muito
confusa e perdida.
–Por
que estamos aqui? Por que nos trouxe para cá? Aqui não tem nada! -
Aumentou sua guarda e forçou mais a postura - Se quiser me matar, eu
não vou deixar!
–Não
vou te matar! Essa dimensão aumenta tanto as minhas habilidades
quanto as suas! - Fechou o livro. - Confie em mim, será só mais uma
batalha normal!
–Só
por diversão? Ainda bem! - Disse soltando um suspiro - Olha, eu vou
confiar em você acerca do que disse da dimensão. - Ela já estava
impaciente - Agora, podemos começar o que interessa?
–Apressadinha
você, não acha? - Transfigurou seu livro numa espada e com ela,
diminuiu a extensão de seu kimono até que o mesmo estivesse na
altura de seu joelho. - Agora sim.
–Apressada
eu? Imagine! - Disse posicionando a espada e avançou para golpear
Katherine - Eu só odeio ficar falando demais. Deixo que a minha
lâmina seja minha boca e fale por mim!
Katherine
riu convencida e falou:
–Então
deixe que nossas lâminas conversem!
Avançou
na direção da garota empunhando a espada com força e quando chegou
perto da mesma, a ponto de que ela a acertasse, esquivou para trás
dela.
Caterine
pode não ter visto, mas sentiu o movimento da xará. Inclusive a
respiração forte que soltou em suas costas. Virou-se imediatamente,
desferindo um golpe contra a adversária. Acertou-a superficialmente.
Notou
o corte que a mais nova lhe havia feito e sorriu quase satisfeita. A
outra havia tentado lhe acertar novamente mas com um movimento rápido
de sua espada desviou o corte, o que acabou cortando um pequeno
pedaço da manga de seu kimono.
Caterine
ficou com raiva de si por ter apenas acertado a manga do Kimono. Em
um acesso de raiva, ela fez diversos golpes, cortantes e perfurantes,
avançando em direção a inimiga na tentativa tentar de acertá-la.
Desviou
com certa facilidade de cada golpe que a adversária fazia, até que
chegara em um ponto que pensou em aquilo estar demorando demais.
Transfigurou sua espada numa lança e saltou para trás no intuito de
se afastar da menor.
Caterine
surpreendeu-se pela transformação repentina da arma de Kat.
Percebeu que realmente tinha uma rival forte e que se demorasse muito
com aquela luta, ela começaria a ter bastantes problemas por causa
da magia dela.
Empunhou
a lança com as duas mãos de modo que a arma se aproximasse da arma
da adversária, e com dois movimentos de sobe-desce acertou o punho
da garota fazendo-a diminuir a força com que segurava a espada, e
com outro movimento, atirou a espada da outra para longe e a impediu
de ir buscá-la.
Caterine
estava completamente vulnerável e seria morta se aquela luta fosse
"para valer". Ambas ficaram se encarando, Caterine pensava
entre desistir da luta ou correr o risco de pegar sua arma de volta.
Só que... Ela se lembrou da outra espada que carregava! A que usara
até aquele momento, era apenas uma espada de treino, bem simples. A
outra, que ainda estava na bainha, era a espada cuja era provedora: A
espada do poder eterno. Não pensou duas vezes, desembainhou a espada
e, com velocidade aumentada pelo poder da espada, foi ao ataque. E
ela se mexia como um feixe de luz.
Se
afastou um pouco mais com outro salto; Enquanto estava no ar, uma
estranha névoa a envolveu e logo se transformou numa roupa comum,
com dois suportes, um em cada coxa. - Você boa! - Ao 'pousar'
simplesmente puxou seu punhal de um dos suportes e avançou na
direção da outra, defendendo os ataques com sua lâmina.
–E
me parece que você também tem uma arma extra. - disse Cat por entre
os golpes que errava. - Tem uma boa visão também. Não estranho já
que tem mais de 500 anos.
Caterine
notou que seus ataques tinham efeito nulo sobre sua xará. Queria
pensar em algo para ter algum efeito. Então, decidiu imitar a
técnica que apenas sentirá antes: Ir para trás da inimiga! Sem
diminuir a velocidade, foi parar nas costas de Katherine e lhe deu
outro corte superficial, que poderia se tornar uma bela cicatriz.
A
rosada sentiu a lâmina da outra nas costas, rasgando seu casaco e
sua camisa ao mesmo ao mesmo tempo que causava-lhe um belo e grande
corte em si. Recuou e encarou a outra com um quase sorriso na face. -
Foi um belo golpe! - Se alongou ofegante e, no tempo em que o fez,
sua lâmina começou a brilhar. - Extensão. - Sua lâmina agora
estava encoberta de gelo, e maior, de um tamanho aproximado ao da
espada antes invocada.
–Uh...
Lâmina gélida. Gostei! A luta a cada segundo fica mais
interessante. Faz tempo que eu não tenho uma luta boa dessas. - Deu
um sorriso - Acho que é sua vez agora, não é?
–Talvez.
De qualquer modo, agora que a luta fica interessante! - Sacou seu
revólver e atirou-o pra longe. No resto da batalha usaria somente
sua lâmina. Logo, avançou novamente contra a outra, que se defendeu
com a espada brilhante. Com um pulo raso se afastou novamente.
Ao
bloquear a outra Lâmina, Caterine sentiu um vento frio correr por
seu rosto, pelo poder de gelo que emanava. Soltou um enorme suspiro
quando a outra se afastou. Katherine aproveitara mal a sua vez.
"Apenas uma tentativa? Não pode ser.", Caterine pensou.
Olhou bem no fundo dos olhos de Kat, mas ela não conseguiu ler seu
olhar e nem estipular um próximo movimento.
–Extensão.
– A crosta de gelo que envolvia sua lâmina ficou ainda maior, e
pequenos espinhos a encobriam agora. – Sua vez agora não? –
Provocou-a, truque que um amigo imortal lhe ensinara em uma de suas
viagens ultra dimensionais, juntamente com os espinhos. Pensou sobre
a segunda extensão, talvez tivesse exagerado, mas Caterine era uma
boa guerreira, isso não devia ser motivo de preocupação para ela.
"Daqui
a pouco ela vai fazer nevar aqui.", Pensou quase se batendo de
frio, já que uma leve brisa fria saia da Lâmina de Katherine,"E
esses espinhos? Será que eles podem... Me acertar?". Com outro
movimento ao nível da luz, Caterine foi parar defronte dela e,
aumentando ainda mais sua velocidade, deu uma enxurrada de cortes
laterais. Alguns defendidos, outros não!
–Nh..
- Deixou um gemido abafado escapar devido aos golpes que a outra lhe
acertou. Cinco no total, mas o fato de cada corte ter sido
superficial lhe acalmava de certo modo. As cicatrizes ficariam, mas
as feridas fechariam logo. Num movimento rápido e sem muito pensar,
acertou a espada da outra com a sua, porém, a mesma se defendeu
rapidamente, o que acabou por fazer a espada da outra penetrar na
crosta gélida, despedaçando-a por completo. - O-O quê?
I-Impossível...
Nem
Caterine entendera o que aconteceu. Como a espada da rival se
quebrou? Porém, lembrou que a sua era a "espada do poder
eterno", ou seja, inquebrável e de poder ilimitado. Sentiu-se
culpada por ter destruído a outra arma, só que era uma arma
invocada e não confeccionada como a dela. Além de alguns dos
pedaços terem ferido levemente seus punhos e braços. Ela foi
piedosa com Katherine e falou:
–Invoque
novamente uma arma. Assim acho desonesto!
Riu.
- Sua espada é mesmo boa, a ponto de quebrar o gelo da minha! -
Tirou os restos de gelo que ainda haviam no punhal. - Na verdade,
prefiro usar só meu punhal, da última vez, quase cortei um garoto
ao meio. - Sorriu sem graça.
Caterine
sabia bem do que se tratava um punhal e seria meio uma vantagem para
ela, vendo o lado armas daquela batalha. Entretanto, se era uma
preferência de Katherine, tudo bem. A famosa filha do conselho tinha
o seu punhal também, sempre para um último caso. Embainhou a espada
do poder eterno e retirou o punhal de dentro de sua bota.
–Então,
iremos de igual para igual. - disse passando o dedo pela lâmina do
punhal de bainha azul e preta
–Se
prefere assim. - Segurou com um pouco mais de força o cabo de seu
punhal e se posicionou para a batalha, mas antes olhou de relance
para sua perna, as feridas já haviam se fechado, porém as
cicatrizes estavam lá. Por um segundo pensou no que Voschio diria,
mas ignorou esse pensamento e esperou o movimento da adversária.
A
menor logo notou que era sua vez, somente pelo olhar da mais velha.
Trocou a posição em que segurava o punhal colocando a lâmina
abaixo de seu braço. Ela queria furar um pouco, também notara a
cicatrização rápida da outra. Jogou o corpo, com o braço direito
mais a frente e foi tentar perfurar. Porém, com a mesma posição,
Katherine defendeu e fez mais força. A s lâminas escorregaram uma
pela outra e a de Caterine acabou machucando o seu próprio braço.
Ela xingou um pouco e viu que fora uma péssima ideia.
A
rosada segurou o braço da adversária passando a mão de leve pela
ferida dela, num movimento rápido, abaixou a cabeça e lambeu um
pouco do sangue que saía do braço da outra. Um brilho estranho
tomou seus olhos e mais rapidamente agarrou-a levando sua boca ao
pescoço da outra. Sabia que isso a deixara vulnerável, então,
soltou-a e se afastou.
– Desculpe...
Cat
ficou muito encabulada com o que Katherine acabara de fazer.
Encarou-a completamente rubra e passou a mão por sua ferida no
braço, recém-lambida. Trocou a posição em que segurava o punhal,
passou a ser como uma faca, e foi ao ataque.
Não
muito surpresa com a reação da outra esquivou-se dos ataques que
recebia com certa dificuldade, já que a ferida que havia ganho nas
costas ainda não cicatrizara por completo. Até que num movimento
rápido feito pela outra, foi acertada entre os seios, mas fora uma
ferida rasa, já que a rapidez do ataque não aumentou sua força.
A
jovem deu um pulo para trás e observou a ponta da lâmina manchada
com sangue da ferida que abrira. Rápido, em seu pensamento, contou a
quantidade de cortes que acertou. Poderia estar ganhando, mas não
era isso. Sabia bem que a sua rival evitava atacá-la e não passava
por sua mente o motivo. "Por quê? Ela é tão boa quanto eu".
–Por
que você não me ataca? Parece que evita me machucar! Só fui ferida
pela espada que quebrou. - era uma pergunta crucial - Poderia me
explicar? Eu... Não gosto de ver meu inimigo muito pior do que eu.
Tossiu
um pouco por causa do sangue que saía de sua boca devido a ferida,
cuspiu-o e respirou fundo. – Você é mortal! Eu uso muita magia e
também vários tipos de armas, não quero me gabar, mas além de 500
anos me proporcionarem sabedoria, também ganhei muita força, e até
mesmo um feitiço de cura mais complicado poderia te prejudicar. Eu
vi como você ficou com frio por causa da magia “Extensão”,
descartei meu revólver porque você só usa espadas.
–Uma
mortal contra uma imortal? - disse pensando em voz alta - Eu já
deveria estar morta caso não tivesse um bom coração. Apesar de eu
não ser uma mortal normal, estou dando trabalho. - e riu
Mortais
não-normais também dão bastante trabalho! - “Principalmente se
estão lutando contra sua mãe...” Pensou lembrando de alguns
amigos. – De qualquer modo, nesse round você venceu!
Caterine
sorriu satisfeita, não por ter ganho a luta, mas por realmente ter
se divertido com aquilo tudo. Encontrou na antes adversária uma
amiga.
–Bem...
Então... Podemos fazer uma outra batalha algum outro dia. Vejo que
eu desgastei mesmo você. Desculpe-me. - Disse coçando a cabeça e
em seguida guardando o punhal novamente na bota.
Riu.
– Desgastou, mas eu já sofri surras maiores, e de um parente! –
Observou os danos causados em suas roupas. – Ihh, já vi que vou
levar bronca!
–Não
acha melhor voltarmos? Afinal, você tem que ir a outro lugar e logo
ficarão preocupados comigo.
–Sim
sim. – Invocou novamente seu livro e com um sussurro, ambas
voltaram à dimensão que antes estavam.
–Como
é bom estar de volta, ainda mais em casa. - disse passando a mão
pelo tronco de uma das árvores - E você, Katherine, já vai ir para
Ernas?
–Talvez
não, tenho um parente por lá e ele vai me encher de perguntas como
“Onde você arranjou essas cicatrizes?” ou “Por que está
andando por aí com roupas rasgadas?”. – Suspirou. – E também,
se eu voltar pra casa, as perguntas serão quase as mesmas!
–Entendo!
Isso deve ser chato para você... Eu queria ter parentes, mas eu
perdi todos bem pequena. Digamos que, meus parentes são os meus
amigos. - disse Caterine ficando um pouco tristonha.
–Na
verdade, nem tanto. - Riu. - Eu só tenho um primo, e minha mãe foi
morta na minha frente, ele se sente responsável por mim por causa
disso!
–Olha,
parece que temos alguma coisa em comum: Somos órfãs. - disse com um
riso tímido - Não quer conhecer nada por aqui, Katherine?
–Só
um minuto. - Transfigurou-se numa pequena loba, e em seguida voltou a
forma humana com uma roupa nova. Encarou a menor e riu com a surpresa
misturada com o susto dela.
–Pode
me dizer quais outras transformações vai fazer? Só não se
transforme em mim, por favor. - disse brincando um pouco, inclusive
com seu susto - Isso é um sim então?
–Sim,
é um sim! - Sacudiu o manto que tinha alguns pelos por cima. - Eu
acho que não consigo me transformar em outra pessoa.
– Tudo
bem! Vamos!
Caterine
e Katherine saíram da floresta. A mais nova guia o caminho. Não
demorou muito e logo chegaram a casa de Caterine. Will, marido de
Caterine, estava cuidando do pequeno Eric, que tinha a mesma idade de
quando a mãe ficou órfã. O homem cumprimentou Katherine
devidamente, como o bom cavalheiro que era. Ficaram um pouco do lado
de dentro conversando com Will. Em seguida, as damas mudaram o lugar
da conversa para o lado de fora.
–Você
tem um bom marido, e um belo filho! - Sorriu docemente. - As vezes,
eu gostaria de voltar a ser mortal...
–Ora,
obrigada! - disse timidamente por conta do elogio - Voltar a ser
mortal? Achei que tivesse nascido imortal... Isso são coisas dos
seus poderes não?
Assentiu
com a cabeça – No dia em que completei meu treinamento, eu e meu
mestre fomos atacados, ele teve que se sacrificar por mim... Por
pouco eu não morri também...
–E...
Eu sou curiosa! Não gosto de ouvir meia história.
–Sacerdotes
do tempo são meio que caçadores de vampiros, sempre que um novo
completa o treinamento eles saem de seus esconderijos para matá-lo!
De qualquer modo, graças a isso eu sou quase meio-loba!
–Isso
é um pouco complicado para mim, mas eu entendi. - E se empolgou -
Deve ser ótimo ficar caçando vampiros não é? Eu gostava de quando
fazia missões como Guerreira-viajante. Em uma destas missões
conheci o Will e acabamos nos apaixonando. - Deu uma risada - Sendo
sincera, fizemos tudo "na ordem errada".
Riu.
– Por que na ordem errada? – Pensou um pouco em seu mestre. –
Amor... Antes de morrer, ele disse que me amava...
–É
uma história longa... Esperando o Eric, achei que ele morrera. Tive
o Eric sozinha. Depois, com outra identidade, ele flertou comigo. Na
grande batalha do reino, ele se revelou e depois nos casamos. - E se
lembrou do último comentário da mais velha - Parece entristecida
por causa do seu mestre... Você o amava também?
–Sempre
o amei, desde que o vi... Ele foi tão gentil comigo, até quando eu
pensei que ele fosse um velho pervertido! – Riu. – Esperei 500
anos por ele, e agora ele voltou, mas sempre que eu saio ele fica
ciumento!
Caterine
não conseguiu evitar a risada. - Se ele sente ciúme, não há
dúvidas de que ele te ama e se preocupa com você. Mas faça sua
parte, diga a ele o que sente. Não sei se já fez isso, Katherine. -
Lembrou-se de situação parecida - Afinal, nem são todos que tem
"todo o tempo do mundo" para nutrir um amor secretamente.
Minha amiga de infância era apaixonada pelo atual rei, sempre foi.
No dia da coroação dele aconselhei-a a se declarar. Agora ela é
rainha.
–E-Eu
já lhe falei, eu simplesmente não entendo pra que tanto ciúmes...
– Suspirou. – Ronan e eu somos só primos e eu não tenho mais
nada com ninguém de Ernas além de amizade...
–Só
uma explicação: Ele é mesmo ciumento! - disse rindo
"Ou
não acredita que passei 500 anos esperando por ele" Pensou. -
É...
E
Caterine olhou para o Sol e viu que ele já estava querendo dar o seu
adeus. As horas haviam passado depressa enquanto conhecia a nova
amiga e xará.
–Ora,
veja só, o Sol já vai se pôr. Eu tenho um compromisso no castelo
com a minha amiga esta noite. E sem dúvidas, Katherine, também
deves ter outras coisas a fazer.
–Realmente.
Foi um prazer conhecê-la, milady! - Reverenciou-a rindo. - Até a
próxima batalha!
–Igualmente,
senhorita. Levar-la-ei de volta a floresta, a fim de abrir outro
portal ultradimensional e também não causar tanto alvoroço. -
disse rindo ao final
E
brevemente elas retornaram a floresta, num ponto menos distante ao
que estavam antes, que era um lugar bem melhor e mais seguro para
Katherine sair daquela dimensão.
Rapidamente
abriu um grande e brilhante portal e mergulhou nele sorrindo enquanto
sussurrava algo. - Adeus, maninha...
–Adeus!
Espero vê-la mais vezes. Podemos até treinar um pouco. - respondeu
sorrindo
–Você
verá... - Mergulhou por completo no portal saindo dele já em sua
própria dimensão.
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